Eis que depois de muitos anos, me deparo com uma imensa vontade de voltar a escrever e publicar. Da última postagem até hoje, muitas mudanças ocorreram: a maturidade após nove anos, uma página de papel em branco a cada amanhecer, com novas possibilidades sempre; até a carreira diferente e com novas formações. Em 2013 fui aprovada em concurso público. Hoje sou servidora da Unidade a qual me formei. E dentro dela, consegui prosseguir com meus estudos, até chegar ao Doutorado em Educação, uma experiência única e de grande prazer, porque, como dizem, "quem corre porque quer, não cansa". E era uma coisa que eu queria, que eu gostava de verdade. Terminando o Doutorado (final de 2019), e a vida continuando e muita coisa se passando nesses últimos dois anos, inclusive com a possibilidade de redescobertas e adaptações devido à pandemia, a escrita e a pesquisa me fazem falta, algo que me faz pensar em reativar as postagens por aqui, agora com foco diferente e, por vezes, me atrevendo a
Um texto impecável veiculado no Jornal Diário Popular (Pelotas) em 09 de junho de 2013. Livre Arbítrio (Lisiane Rotta) Ao contrário de sua santidade o papa Francisco, eu compreendo as pessoas que pensam antes de trazer um filho ao mundo. Uma responsabilidade que não deve ser confiada apenas a Deus. Uma criança precisa bem mais do que todo o amor de que seus pais são capazes de lhe dar. Não atribuo essa preocupação ao individualismo, nem à supervalorização do conforto material e sim à consciência. Felizmente, há quem se questione antes de se lançar a mais difícil tarefa incumbida a um ser humano. Criar outro. Outro. Não uma miniatura de si mesmo. Criar alguém totalmente original. Com expectativas, desejos, necessidades, emoções e personalidade totalmente diferentes. Alguém novo. Surpreendente. Desafiador. Um ser que lhe ensinará a amar incondicionalmente, mas que não pode lhe prometer um futuro sem preocupações, angústias e frustrações. Um ser como seus próprios obst